Psicólogas alertam que obrigação de estar feliz no Natal e no Ano Novo representa fonte de estresse para pessoas nessa época do ano
Alexandre Bittencourt Goiânia, Go
Dezembrite’: esse é o nome popularmente dado à tristeza que pessoas sentem durante as festas de natasl e Ano Novo.psicologo e psiquiatra afirmam que sentimento é mais comum do que se imagina e resulta da ansiedade com início de um novo ciclo, somada às frustações com o momento presente.
“Apesar de ser um período de festas e alegrias, é uma época também onde você revive muitas perdas, saudades e muitas dificuldades. Muitas vezes isso acarreta uma angústia, mal-estar e tristeza”, diz a médica psiquiatra Roberta França.
A psiquiatra afirma que o período de festas “exige” das pessoas que estejam felizes, e que isso é estressante. “Você olha para os lados e tem enfeites, brilhos, cores, propagandas de gente feliz, comprando, cantando. Ao mesmo tempo, é quase obrigatório que você se sinta, feliz, disposto, quando muitas vezes você não está”.
Celebrações de Natal e Ano Novo
A psicológa Grace Joana de Santana, do grupo Reinserir, sugere que outro fator de estresse é a “necessidade” de se empreender esforços na organização da celebração familiar. “Isso leva a um aumento destes sentimentos de tristeza, ansiedade, sensação de vazio, entre outros. E outras características também se destacam como perda ou excesso de sono, falta de apetite, desânimo, dificuldades em se concentrar”.
Tanto Grace, quanto Roberta dizem que existe um aumento no fluxo de clientes que buscam auxílio profissional nessa época do ano. “As pessoas chegam com um sofrimento agudo e buscam um alívio rápido, muitas vezes imediato. Em alguns desses casos, as pessoas não dão continuidade no ano seguinte. Os que se mantêm percebem ser um processo e que essas queixas precisam ser entendidas mais a fundo”, afirma Grace.
“Dezembro é o meu mês de maior demanda, de um estresse emocional, ansiedade, muita depressão e tristeza. Muitos idosos, idosas, não querem comer, desanimados, não querem participar das festas de família, uma sensação de solidão muito grande”, completa Roberta França
Fonte : Mais Goiás
