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quarta-feira, 1 maio, 2024

Lavrador espera 4 dias por ajuda após ser picado por serpente peçonhenta no AM

Brigadistas do Ibama caminharam 34 km para socorrer homem; ele foi carregado em uma rede e sobreviveu

O lavrador Cícero José de Oliveira, 43, fazia a medição de um terreno em Careiro, no interior do Amazonias, quando foi picado por uma surucucu-pico-de-jaca, catalogada pelo Instituto Butantan como a maior serpente peçonhenta das Américas e a segunda maior do mundo.

Ele possui uma pequena propriedade rural e estava às margens do rio Juma no dia do incidente, 26 de outubro. O local é de difícil acesso

“Saiu muito sangue. Achei que a situação poderia piorar, então eu e os dois que estavam comigo corremos em direção a estrada por mais ou menos mil metros”, ele contou à equipe do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente  e dos Recursos Naturais), que o socorreu.

A perna do lavrador travou e uma das pessoas que o acompanhava se deslocou para pedir ajuda. Ele e outro homem ficaram na mata esperando o resgate. No quarto dia de espera, estavam sem comida e água. Antes disso, comeram palmito.

Para socorrê-lo, a Secretaria de Saúde acionou dois brigadistas do Ibama que estavam na base do município de Manaquiri, na região metropolitana de Manaus, atuando no combate aos incêndios Florestais .

Acompanhados de dois moradores, eles precisaram percorrer 34 km a pé, entre ida e volta, para resgatar o lavrador.

Os brigadistas Jeffite Cordeiro Ambrósio e José Augusto Antunes são técnicos em enfermagem e prestaram os primeiros socorros a Cícero. Eles entraram na mata nativa às 11h40 do dia 30 e encontraram o lavrador seis horas depois.

O lavrador relatou sentir uma dor extrema. Os brigadistas aplicaram soro antiofídico e saíram da mata densa na manhã seguinte. Eles e os outros homens carregaram o lavrador em uma rede e caminharam cinco horas até um hospital.

Segundo o comandante de Incidentes da Operação Amazonas 2023, Kurtis François Teixeira Bastos, um brigadista anda, em média, 10 km por dia.

O Butantan informa que a surucucu-pico-de-jaca é conhecida pela beleza –tem a cor em tom laranja contrastando com manchas escuras no dorso– e por ser a maior serpente peçonhenta das Américas. No mundo, perde apenas para a cobra-rei.

A surucucu chega a medir três metros de comprimento e tem, no final da cauda, escamas arrepiadas semelhantes à casca de uma jaca. É encontrada na Amazônia e na zona norte da mata Atrantica, entre o Ceará e o Rio de Janeiro .

A picada provoca inchaço, dor, necrose, problemas de coagulação, diarreia e diminuição do ritmo cardíaco. Em casos graves, pode matar.

Segundo o Ibama, o lavrador Cícero passa bem após ser socorrido.

Fonte: Mais Goiás

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