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quinta-feira, 2 maio, 2024

Sisagua aponta Aruanã como a cidade com mais registros de água contaminada por agrotóxico; município contesta

Foram realizados 306.521 testes em 2.445 cidades para identificar agrotóxicos na água

Entre 28 municípios brasileiros, Aruanã, localizada no Oeste de Goiás, é a cidade com mais registros de água contaminada no ano de 2022. De acordo com o Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade de Água para Consumo Humano (Sisagua), os testes de qualidade encontraram agrotóxicos na rede de abastecimento em níveis acima do limite seguro. A Prefeitura contestou os dados e disse que houve erro de digitação no sistema.

O município de Aruanã está localizada às margens do rio Araguaia, em uma região conhecida por usar agrotóxicos na produção de soja, feijão, milho e arroz. Segundo o Sisagua, foram encontrados dois agrotóxicos cujo uso é proibido no Brasil: o edrin e o aldrin.

Uma pesquisa da Universidade Federal do Mato Grosso apontou que o agrotóxico endrin tem dez registros nos municípios de Goiás, Minas Gerais, Tocantins e São Paulo. A substância pode afetar o sistema nervoso e causar tremores, além de convulsões. Já o agrotóxico aldrin é conhecido por não degradar com facilidade e por se acumular em tecidos dos organismos vivos.

Conforme a Sisagua, no ano passado foram realizados 306.521 testes consistentes em 2.445 cidades para identificar agrotóxicos na água. Cerca de 55 testes em 28 municípios brasileiros apontaram agrotóxicos acima do valor permitido, o que representa 0,2% de todos os exames.

Leonel Cupertino, secretário de saúde de Aruanã, afirmou que não tinha conhecimento da presença de agrotóxicos acima do limite na água da cidade. Cupertino ressaltou que pediu esclarecimentos à Saneago, empresa responsável pelo abastecimento de água no município.

Em nota, a Saneago confirmou que os agrotóxicos foram identificados nos testes, porém, em concentrações dentro dos limites permitidos por lei, ou seja, sem riscos para a população. A Companhia destacou que houve um erro de digitação no preenchimento da planilha do Ministério da saúde e que os dados divulgados apresentam “equívoco”.

No entanto, a pesquisadora Cassiano Montagner, da Unicamp, disse que o registro de qualquer nível de agrotóxico encontrado na água distribuída pelos municípios deveria ser atenção das autoridades, uma vez que o consumo contínuo da água deve ser evitado pelos cidadãos.

Fonte: Mais Goiás

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