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quarta-feira, 1 maio, 2024

Pescadores encontram na Baía de Guanabara garrafa plástica comemorativa da Copa… de 1998

Coca-Cola tem rótulo com caricaturas dos jogadores que perderiam a final para a França. Ano passado, o RJ desperdiçou R$ 2 bilhões em materiais recicláveis que foram direto para o lixo.

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma garrafa como a achada pelos pescadores gonçalenses demora 450 anos para se decompor no ambiente. Tampinhas têm um “tempo de vida” menor, de 150 anos; latinhas de alumínio custam de 200 a 500 anos a sumir, e o vidro resiste a gerações e gerações: 1 milhão de anos até a decomposição completa.

Colônias de pescadores realizam trabalhos de limpeza no Canal de Magé e nos rios Suruí e Estrela, na Baixada Fluminense, e nos rios Imbuaçu, Pomba e Marimbado, em São Gonçalo.

Mais de 150 toneladas desse lixo já foram retiradas pela Federação de Pescadores do Rio de Janeiro desde fevereiro. A entidade mantém o programa Águas da Guanabara, que visa a quantificar e a qualificar os resíduos sólidos e a medir os impactos sobre a fauna e flora da Baía. Firjan: R$ 2 bi de prejuízo

Uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostra que o RJ joga fora mais de R$ 2 bilhões em resíduos que poderiam ser reciclados.

A entidade afirma que em 2021 mais de 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos pós-consumo com potencial de reciclagem foram enviados para aterros no estado. “Esse volume representa mais de R$ 2 bilhões em recursos literalmente enterrados”, destacou a Firjan, em nota.

A estimativa faz parte do Mapeamento de Recicláveis Pós-Consumo no Estado do Rio de Janeiro 2023, elaborado pela Firjan e que está em sua segunda edição com recorte estadual.

“A geração total de resíduos sólidos urbanos no estado é de aproximadamente 7,5 milhões de toneladas anuais. O mapeamento identifica os pontos de geração e destinação desses resíduos e indica oportunidades de fortalecimento de toda a cadeia da indústria da reciclagem”, explicou Isaac Plachta, presidente do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Firjan.

O estudo mostra um avanço na separação dos resíduos pós-consumo gerados por empresas, que saltou para 35,8% do fluxo, ante os 20,9% encontrados em 2019. Já a separação de resíduos sólidos urbanos, representada pelo percentual de coleta seletiva, permanece em 1,3% do total.

O mapeamento mostra as regiões do estado que absorvem os resíduos nas atividades de reciclagem. A capital continua sendo a região mais representativa, concentrando 50,3% dos recicláveis recebidos. O plástico se mantém como o tipo de resíduo com maior capilaridade, sendo reciclado em diversas regiões.

Desde a triagem até a sua efetiva incorporação em novos produtos acabados, os resíduos têm potencial de gerar emprego, renda e arrecadação de impostos. A recuperação de mais de 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos não aproveitados seria capaz de encadear nas indústrias de fabricação de papel e papelão, de plástico e na metalurgia um investimento produtivo adicional na economia do país em torno de R$ 4,74 bilhões, além do investimento inicial de R$ 2 bilhões.

Além disso, outro impacto estimado é a geração de R$ 9,17 bilhões em renda e 31,9 mil novos empregos, sendo 13,8 mil diretos e 18,1 mil indiretos.

Fonte: G1

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