No ultimo dia 12 de Setembro, cerca de 15:00 horas, um incêndio criminoso foi percebido na propriedade rural do senhor Wagner Ribeiro em Itaberaí, que se localiza há cerca de 03 km da cidade, na BR-070. No lugar em referência possuía uma plantação de eucalipto de cerca de 04 alqueires. Quando vemos fogo, nosso primeiro pensamento é buscar auxílio do Corpo de Bombeiros, uma instituição idônea que sempre foi sinônimo de eficiência e credibilidade. Entretanto, não é o que foi visto nesse episód
Assim que o foco de incêndio foi constatado, ajuda foi solicitada, por volta de 15 horas. A resposta do órgão foi que estavam em uma ocorrência em um município vizinho e não seria possível naquele momento. Às 16 horas foi realizada nova ligação com a mesma resposta, orientando que o proprietário conseguisse algum trator para ajudar a fazer limitações ao fogo, e insistindo que deveriam ser tomadas atitudes pelo proprietário e vizinhos. Como lutar contra um fogo de alta magnitude assim?
A queimada consumiu toda a plantação e foi encaminhando em direção à sede, onde entre as edificações possui um curral . Além do prejuízo com essa perda, a possibilidade de perder as edificações era eminente e não deixou ninguém ficar tranquilo.
Em torno das 20 horas foi feita uma nova ligação aos Bombeiros, que afirmaram estar em outra diligência e que ‘dessa vez não seria possível ajudar, que na próxima poderia contar com o serviço deles’. Mesmo?
Durante toda a noite se ouviu o fogo consumindo tudo. Pela manhã, novo pedido de ajuda foi feito, em torno de 08 horas, e a resposta foi de que os caminhões já haviam saído para outras ocorrências. Porém, foi possível contar com a ajuda dos amigos e vizinhos, que se solidarizaram com a situação e sem nenhum equipamento de proteção, colocando a própria saúde em risco, enfrentaram os focos. O curral da propriedade teve parte consumido, e quando enfim conseguiram controlar tudo, um pequeno caminhão do Corpo de Bombeiros, chegou na propriedade, por volta de 10:40 da manhã, cerca de 20 horas após a primeira solicitação. Nesse momento, depois de todo esforço pessoal, era necessário? Uma afronta.
Estamos em um período muito sombrio em relação às instituições, onde até mesmo a que possuía a melhor aprovação e confiança da população, se mostra omissa. O prejuízo financeiro é grande, mas o sentimento de descaso, abandono e tristeza é o que mais revolta. Até quando seremos reféns daqueles que deveriam nos oferecer serviços de qualidade e defender o interesse da coletividade, é a pergunta que fica sem resposta. O pequeno produtor rural chora! Um absurdo!
