CBF responde Justiça sobre a “Camisa 24”

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou à Justiça a sua resposta sobre a falta da camisa de número 24 na Seleção Brasileira. A entidade foi questionada por isso pelo “Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT” e respondeu cinco perguntas da ONG.

De acordo com a CBF, a decisão de não usar o número foi por motivo “desportivo” e “por mera liberalidade” de Douglas Luiz, que escolheu usar a 25. Explicando: a numeração pula do 23 do goleiro Ederson para o 25 do volante da seleção.

A entidade recebeu um prazo, determinado pela 10ª Vara Cível do Rio de Janeiro, na última terça-feira (29/6), de 48h para enviar a resposta. Se não cumprisse, teria de pagar multas diárias de R$ 800.

Confira abaixo todas as respostas da CBF:

1 – A não inclusão no número 24 no uniforme oficial nas competições constitui uma política deliberada da interpelada?
Resposta: Não.

2 – Em caso negativo, qual o motivo da não inclusão do número 24 no uniforme oficial da interpelada?
Resposta: O Regulamento inicial da Conmebol Copa América 2021 (“Competição”) determinava que apenas 23 jogadores poderiam ser inscritos. Essa quantidade de atletas é a tradicionalmente observada em competições internacionais da Conmebol e da Fifa. A numeração utilizada pelos atletas tem relação com questões desportivas apenas. No momento inicial, a organização da competição estabeleceu a utilização dos números 1 a 23 de forma sequencial, o que foi feito pela seleção brasileira ao inscrever 23 atletas. No entanto, posteriormente, o Regulamento da Competição foi alterado e foram concedidas 5 vagas adicionais, em razão da possibilidade de troca de jogadores por conta de eventual contaminação por COVID-19. Apesar de tal faculdade, que foi utilizada por outras seleções para convocar mais 5 atletas, como a CBF vem cumprindo rigorosamente os protocolos sanitários e não apresentou casos de contaminação, a comissão técnica sentiu-se confortável em convocar apenas mais um jogador, além dos 23 inicialmente inscritos, e, para esse jogador, em razão de sua posição (meio-campo) e por mera liberalidade, optou-se pelo número 25. Como poderia ter sido 24, 26, 27 ou 28, a depender da posição desportiva do jogador convocado: em regra, numeração mais baixa para os defensores, mediana para volantes e meio-campo, e mais alta para os atacantes.

3 – Qual o departamento dentro da interpelada, que é responsável pela deliberação dos números no uniforme oficial da seleção?
Resposta: Nesse caso, a comissão técnica da seleção brasileira de futebol.

4 – Quais as pessoas e funcionários da Interpelada, que integram este departamento que delibera sobre a definição de número no uniforme oficial?
Resposta: O responsável pelo departamento é o coordenador Sr. Oswaldo Giroldo Júnior (“Juninho Paulista”).

5 – Existe alguma orientação da Fifa ou da Conmebol sobre o registro de jogadores com o número 24 na camisa?
Resposta: Não é de conhecimento da CBF nenhuma orientação sobre o tema.

Fonte: Metrópoles

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