Após apresentar, na semana passada, sua proposta de reforma no Imposto de Renda, o ministro da economia Paulo Guedes trouxe nesta quinta-feira (1) mais uma boa notícia ao trabalhador e empresário brasileiro: a promessa de reduzir em até 10 pontos percentuais os impostos das empresas, caso o subsídio para alguns poucos setores seja cortado.
“Removendo alguns subsídios que valem para um ou duas empresas, geralmente em cartel, oligopólio ou até monopólio, nós podemos ambicionar uma redução de 10 [pontos percentuais] para todos”, afirmou.
“[Há] Alguns setores, mas particularmente algumas empresas, com muito lobby político, que também é válido, é uma democracia, todo mundo pode fazer seu lobby. Agora, cabe ao governo filtrar o que é desejável.”
O que Guedes explica é que alguns poucos setores da economia brasileira são beneficiados com a isenção de impostos. Entretanto, “a conta” dessa isenção aos “privilegiados” é dividida entre aqueles que não possuem força política para conseguir tais vantagens conversando ao pé do ouvido com personalidades políticas em Brasília.
Vale lembrar que Guedes já prometeu reduzir impostos das empresas há poucos dias, em torno de 5 pontos percentuais em 2022, contra a orientação de 2,5 pontos percentuais encaminhada ao Congresso na segunda etapa da reforma tributária.
“Nós sinalizamos que íamos baixar 2,5 [ponto percentual], mais 2,5. Estamos recalibrando e podemos baixar entre 5 e 10, dependendo da nossa coragem de remover outros subsídios específicos”, afirmou o ministro que é um dos responsáveis pelo excelente desemprenho do Brasil na criação de empregos. Nesta quinta-feira, o Caged divulgou que foram criadas mais 280 mil vagas com carteira assinada.
Para completar, Guedes também rebateu as críticas sobre a taxação de dividendos como uma forma de abrir caminho para reduzir os tributos de pessoas físicas e jurídicas. “É simplesmente inaceitável em uma sociedade desigual como a brasileira que 20 mil pessoas recebam R$ 280 bilhões em isenções. Vai ter muita reclamação, mas estamos convencidos de que estamos no passo certo.”
Essa redução do Imposto de Renda para empresas é um dos pontos-chave da proposta do governo federal de reformular o sistema tributário desenhada pelo governo federal.
O documento entregue ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prevê o corte de 2,5 pontos percentuais ao ano. Atualmente, a alíquota geral da tributação das pessoas jurídicas é de 15%, com um adicional de 10% para lucros acima de R$ 20 mil por mês. A sugestão original da equipe econômica era reduzir para 12,5% em 2022 e 10% a partir de 2023.
Fonte: JP | Foto: Ag. Brasil