A Polícia Federal indiciou o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As investigações indicam que o senador e relator da CPI da Covid pediu e recebeu R$ 1 milhão em propina da Odebrecht no ano de 2012.
Segundo os investigadores da PF, o dinheiro teria sido pago em troca do senador atuar pela aprovação de uma resolução que restringia incentivos fiscais a produtos importados que vinham sendo concedidos pelos Estados com o objetivo exclusivamente de beneficiar a Braskem.
Identificado com o codinome “Justiça” no sistema da Odebrecht, Renan Calheiros, segundo as investigações, recebeu, por intermédio de um funcionário de seu operador financeiro, o dinheiro em 31 de maio de 2012, no bairro Mooca, na cidade de São Paulo (SP).
“Ao final de complexa investigação criminal, verificou-se a existência de elementos probatórios concretos de autoria e materialidade para se atestar a presença de indícios suficientes de que o Senador da República José Renan Vasconcelos Calheiros, no exercício de mandatos sucessivos de Senador da República desde 1995, juntamente com outras pessoas, cometeu o delito de corrupção passiva ao solicitar e receber pagamentos indevidos no montante de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), no dia 31.05.2012, ano em que não foi candidato nas eleições, no contexto da aprovação do Projeto de Resolução do Senado nº 72/2010, convertido na Resolução do Senado Federal nº 13/2012”, concluiu o delegado do relatório.
Em nota à CNN, o advogado Luís Henrique Machado, que atua na defesa do senador, informou estar confiante de que a investigação será arquivada por acreditar que as apurações estão baseadas apenas em depoimento de delatores.
Fonte: CNN | Foto: Agência Brasil