Administração das unidades afirma que a dívida da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com a organização é maior do que R$ 67 milhões. Além disso, destaca que tentou diálogo com a pasta e não teve retorno.
As três maternidades públicas de Goiânia suspenderam as cirurgias eletivas e não estão aceitando novos pacientes devido falta de itens básicos de saúde. A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), que administra as unidades, afirma que a dívida da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) com a organização é maior do que R$ 67 milhões.
A SMS informou que se reuniu com diretores da maternidade para uma negociação, na manhã desta sexta-feira (21). A Fundahc afirma que o envio de verbas está atrasado e, por isso, a gestão das unidades não conseguem comprar itens básicos, como por exemplo, produtos de higiene, comida, medicamentos, soro, seringas, toucas, luvas e máscaras, além do pagamento dos funcionários.
Com isso, a fundação suspendeu os procedimentos eletivos que necessitam de insumos, como cirurgias e colocação de DIU, e encerrou a oferta de vagas para agendar procedimentos eletivos no Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI), Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC), que também não está realizando internações.
A organização explica que estão mantidos apenas os atendimentos de urgência e emergência. “A Fundahc adotou todas as medidas possíveis para manter o serviço até este momento, sempre na tentativa do diálogo. Foram enviados ofícios convidando representantes do Executivo municipal para reuniões com a fundação, fornecedores e gestores das unidades, todos sem retorno”, afirma.
Destaca ainda que, juntas, as três unidades realizam cerca de mil partos por mês, 17 mil exames laboratoriais e de imagem, incluindo mamografias e ultrassonografias, 3,4 mil consultas médicas, 150 cirurgias eletivas e 5,8 mil atendimentos de urgência e emergência. “Volume significativo não só para a capital, mas para todo o estado de Goiás”, enfatiza.
Por fim, diz que está aberta ao diálogo e que aguarda uma resolução definitiva e imediata para o problema. “A questão não é a falta de um profissional ou outro, é não conseguir soro, gaze ou alimentação. Uma unidade de saúde só funciona com qualidade e eficiência quando todos os agentes envolvidos entregam devidamente seus produtos e serviços”, finaliza.
Íntegra da nota da SMS
Na manhã desta sexta-feira (21/07), representantes da secretaria estiveram reunidos com diretores da maternidade para uma negociação.
A unidade de saúde está de portas abertas e atendendo normalmente os casos de urgência e emergência.
Nenhum atendimento deixou de ser realizado e, independente de qualquer negociação, a população não sofrerá prejuízos.
Na manhã desta sexta-feira (21/07), representantes da secretaria estiveram reunidos com diretores da maternidade para uma negociação.
A unidade de saúde está de portas abertas e atendendo normalmente os casos de urgência e emergência.
Nenhum atendimento deixou de ser realizado e, independente de qualquer negociação, a população não sofrerá prejuízos.