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quinta-feira, 2 maio, 2024

Ginecologista preso é suspeito de cometer crimes sexuais há quase 30 anos

Fabio Guilherme da Silveira Campos, de 73 anos, chegava a afirmar que as pacientes precisavam ficar ‘excitadas’ para realizar exames

O médico ginecologista Fabio Guilherme da Silveira Campos, de 73 anos, preso nesta quinta-feira, 20, após ser acusado pelas pacientes de usar a profissão para praticar crimes sexuais durante atendimentos, em Goiânia, é suspeito de cometer os atos há cerca de 30 anos. Em entrevista a delegada Amanda Menuci Petelinkar informou que algumas mulheres afirmaram terem sido abusadas pelo médico em 1994.

Até o momento, cinco mulheres procuraram a delegacia para denunciar Fabio, que é investigado por violação sexual mediante fraude. Os crimes, inclusive, teriam começado 15 anos após o homem ingressar na profissão, em 1979. O caso veio à tona depois que o idoso foi agredido pelo marido de uma das vítimas em junho deste ano durante um atendimento no Ciams Novo Horizonte, onde ele trabalhava há 14 anos. A mulher estava grávida de oito meses.

“Ele enganava as vítimas para acharem que não se tratava de uma prática sexual, mas de uma conduta padrão do médico. Alguns vítimas, inclusive, relataram isso, que ficavam na dúvida se era uma conduta médica ou não”, explicou Amanda.

Entre os crimes praticados pelo médico, conforme a investigadora, estão piadas de teor íntimo e sexual. Em alguns casos, o ginecologista chegou a pressionar o órgão genital contra o corpo de uma das mulheres, além de massagear o órgão genital de outra vítima. 

Fabio ainda dizia, no consultório, que para realizar o exame, era preciso que as vítimas ficassem “excitadas”. Ele, então, tocava os seios das mulheres e colocava a mão delas sobre o órgão genital dele. Para uma das vítimas, conforme a delegada, ele chegou a pedir para que fechasse os olhos e pensasse em coisas boas. O homem, inclusive, ejaculou na barriga da paciente.

“Os relatos demonstram que durante todo o exercício da profissão pelo médico, ele vem praticando esses crimes sexuais. Não foi uma conduta pontual, uma prática isolada, foi reiterada. Acreditamos que outras vítimas podem aparecer. Inclusive, pedidos que se alguma pessoa foi vítima deste médico, que procure a delegacia”, concluiu. 

Médico agredido

O caso veio à tona após o médico ser agredido pelo marido de uma das pacientes em junho, no Ciams Novo Horizonte. Na época, o homem invadiu o consultório do ginecologista e o agrediu com um soco no rosto, alegando que o profissional era um “abusador de mulher”. O invasor chegou a ser preso, mas foi liberado. 

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou Fabio está afastado da unidade de saúde desde o dia 30 de junho e que durante os 14 anos em que ele atendeu na unidade, nunca houve ciência de denúncias. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), por outro lado, informou que todas as denúncias relacionadas à conduta ética de médicos recebidas pelo conselho tramitam em total sigilo.

Não conseguiu localizar a defesa do ginecologista para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem. O espaço está aberto para seus advogados.

Fonte: G1

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