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segunda-feira, 25/11/2024

Goiás quer suspensão da vacina contra Aftosa em 2022

O Governo de Goiás defende a retirada da vacina contra febre aftosa a partir de 2022. A posição foi manifestada pelo presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), José Essado, durante reunião dos Estados do Bloco IV, para discussão das ações do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA). Os trabalhos foram coordenados pelo diretor do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários (DSA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Geraldo Marcos de Moraes.

José Essado disse que Goiás está trabalhando para cumprir todas as ações e metas preconizadas pelo Mapa no âmbito do PNEFA, com o objetivo de retirar a vacinação, principalmente porque está há 25 anos sem registro de focos. O maior entrave, contudo, é que alguns Estados que integram o Bloco não conseguiram avançar no cumprimento das medidas, e isso dificulta o avanço isolado de uma unidade federativa do mesmo bloco.

Inicialmente o Programa previa a retirada da vacina em 2021, mas teve o calendário alterado, em função da pandemia do novo coronavírus.

Os dez Estados e o Distrito Federal, que compõem o Bloco IV, apresentam estágios diferentes no cumprimento das ações e isso acaba causando divisão.

Uma solução para os estados que desejam antecipar a medida é apresentar pedidos isolados ao Mapa. Neste caso, é necessário que tenham cumprido as ações previstas no PNEFA e estejam preparados para gerir os riscos sanitários. Isso inclui a instalação de barreiras sanitárias nas divisas com os demais estados ou com países, se estiverem nas fronteiras; dispor de fundos indenizatórios organizados e robustos financeiramente; arcar com custos de vigilância sanitária com maior número de médicos veterinários nos Serviços Veterinários Oficiais; e manter controle rígido do trânsito de animais de áreas livres com vacinação para áreas livres sem vacinação; entre outros fatores.

O Bloco IV detém mais de 60% de todo o rebanho bovino e bubalino do Brasil, somando cerca de 130 milhões de animais. É integrado pelos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe e Tocantins e Distrito Federal.

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