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quinta-feira, 2 maio, 2024

Cientistas ligam energéticos a problemas de saúde entre jovens e pedem restrição da venda

Bebidas podem causar problemas cardíacos, aumento da pressão arterial e diversos outros malefícios

Fabricio Moretti Goiânia, Go

Um estudo publicado na última segunda-feira (15), na revista public Realth Journal, aponta uma ligação entre o consumo de bebidas energéticas e um risco aumentado para uma série de problemas de saúde, incluindo psicológicos e cardíacos, entre jovens.

Diante dos resultados, pesquisadores do Centro de Pesquisa Translacional em Saúde Pública da Universidade Teesside e da Universidade de Newcastle pediram que o governo britânico proíba a venda dos produtos para menores de 16 anos, algo que também é permitido no Brasil.

“As bebidas energéticas são comercializadas para crianças e jovens como uma forma de melhorar a energia e o desempenho, mas nossas descobertas sugerem que eles estão realmente fazendo mais mal do que bem”, disse Amelia Lake, professora de Nutrição em Saúde Pública da Universidade de Teesside.

Os riscos do consumo de energético

O estudo recente encontrou ligações entre o consumo de energéticos e um risco aumentado para desfechos negativos de saúde mental, como sintomas de ansiedade, estresse, depressão, pânico e pensamentos suicidas.

“Bebidas energéticas podem causar sofrimento psicológico e problemas de saúde mental. Estas são questões importantes de saúde pública que precisam ser abordadas”, defende a professora da Universidade Teesside, Shelina Visram.

A pesquisa confirmou ainda outros malefícios como a possibilidade de se desenvolver problemas cardíacos. O consumo das bebidas também foi associado ao aumento da rigidez arterial e ao aumento significativo da pressão arterial sistólica e da pressão arterial diastólica.

Outros problemas apontados foram uma maior propensão a comportamentos nocivos entre os que consumiam as bebidas, como ao tabagismo, à ingestão de álcool excessiva, ao uso de outras substâncias, à violência, ao sexo, à direção perigosa e ao bullying.

Também foi mostrado no estudo uma ligação entre a ingestão de energéticos e um pior desempenho acadêmico, pior duração e qualidade do sono e piores hábitos alimentares, como excesso de fast food e pular o café da manhã regularmente.

As bebidas energéticas são aquelas com alto teor de cafeína e açúcar (seus dois ingredientes principais) e outros estimulantes. Elas têm praticamente zero valor nutricional. Uma lata de 250 mililitros da marca líder do setor contém 80 miligramas de cafeína. Seguindo as recomendações da EFSA, a quantidade máxima de cafeína considerada segura para ingestão não deve exceder 3 miligramas por quilo de peso de uma pessoa. Ou seja, 150 miligramas para um adolescente de 50 quilos. Cada lata de 500 mililitros de outra marca desse tipo de bebida contém 160 miligramas a mais que essa quantidade.

Em relação à quantidade de açúcares, as bebidas energéticas costumam fornecer entre 27,5 e 60 gramas por 250 mililitros e 500 mililitros, respectivamente. A quantidade é equivalente a 11-12 colheres de chá de açúcar, ou cerca de 220-240 calorias, para cada lata de 500 mililitros. De fato, a maioria das marcas já oferece opções light ou zero para reduzir essas quantidades de açúcar e substituí-las por adoçantes.

Fonte: Mais Goiás

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