Daniel Londes mostra como faz adaptações para ter uma vida normal após grave acidente. Empresário diz que faz os vídeos para inspirar as pessoas a darem mais valor à vida.
O empresário também compartilha na internet vídeos tocando diferentes instrumentos e mostra como faz adaptações para praticar exercícios físicos. Em uma das postagens, tocando a música “Só os loucos sabem”, Daniel escreveu: “Deus me deu a vida de volta e me adaptei muito bem”.
Daniel afirma que o hábito de compartilhar a rotina e tirar dúvidas das pessoas surgiu naturalmente e que fica feliz em poder inspirar as pessoas a darem mais valor à vida.
‘Milagre’
O empresário diz que é considerado por todos ao seu redor como um milagre, pois são raros os casos em que uma pessoa consegue sobreviver a uma descarga elétrica tão intensa. Fora isso, também foi submetido a cirurgias longas, que também ofereciam risco de vida. O procedimento de amputação, por exemplo, durou 26 horas.
“O choque passou dentro de mim e pra sair ele furou meu pulmão, arrebentou meu tendão de Aquiles e algumas faíscas também saíram pelo braço, mão e até pelo crânio. Tenho fotos e vídeos das cirurgias guardadas porque servem como base de estudo para os médicos, porque é raro alguém sobreviver a esse tipo de choque”, conta Daniel.
De acordo com o empresário, os médicos também garantiram que ele havia ficado estéril por conta do acidente. Mas o goiano surpreendeu a equipe mais uma vez, ao se casar e tornar pai de dois filhos.
“Eu acho que o acidente mudou a preciosidade das mínimas coisas da vida. Hoje eu consigo apreciar coisas que antes, na correria, eu não parava para observar. Entendi que a vida é uma coisa única, que o presente é uma coisa única”, reflete Daniel.
Entenda a Síndrome do Membro Fantasma
O médico ortopedista especialista em cirurgia de mão, Leonardo Kurebayashi, explica que a Síndrome do Membro Fantasma é uma condição neurofisiológica. Ou seja, apesar do membro não fazer mais parte do corpo da pessoa, o cérebro dela continua acreditando que ele está lá. Por conta disso, algumas pessoas sentem dores, coceiras e até câimbras nos membros amputados.
“Existem relatos até de pacientes que foram submetidas à retirada das mamas e continuam sentindo os seios”, detalha o médico.
Kurebayashi também afirma que, durante muito tempo, a medicina acreditou que as sensações sentidas pelos pacientes eram psicológicas, mas depois, constatou-se que também haviam fatores fisiológicos. Atualmente, ainda não há nenhum tratamento específico para a cura da síndrome. Para pacientes que continuam sentindo dores, por exemplo, são recomendadas algumas terapias ou medicamentos.
Fonte: G1
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