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quinta-feira, 2 maio, 2024

Com mais de 100 cirurgias, empresário que teve o braço amputado após choque elétrico compartilha rotina

Daniel Londes mostra como faz adaptações para ter uma vida normal após grave acidente. Empresário diz que faz os vídeos para inspirar as pessoas a darem mais valor à vida.

O empresário também compartilha na internet vídeos tocando diferentes instrumentos e mostra como faz adaptações para praticar exercícios físicos. Em uma das postagens, tocando a música “Só os loucos sabem”, Daniel escreveu: “Deus me deu a vida de volta e me adaptei muito bem”.

Daniel afirma que o hábito de compartilhar a rotina e tirar dúvidas das pessoas surgiu naturalmente e que fica feliz em poder inspirar as pessoas a darem mais valor à vida.

‘Milagre’

O empresário diz que é considerado por todos ao seu redor como um milagre, pois são raros os casos em que uma pessoa consegue sobreviver a uma descarga elétrica tão intensa. Fora isso, também foi submetido a cirurgias longas, que também ofereciam risco de vida. O procedimento de amputação, por exemplo, durou 26 horas.

“O choque passou dentro de mim e pra sair ele furou meu pulmão, arrebentou meu tendão de Aquiles e algumas faíscas também saíram pelo braço, mão e até pelo crânio. Tenho fotos e vídeos das cirurgias guardadas porque servem como base de estudo para os médicos, porque é raro alguém sobreviver a esse tipo de choque”, conta Daniel.

De acordo com o empresário, os médicos também garantiram que ele havia ficado estéril por conta do acidente. Mas o goiano surpreendeu a equipe mais uma vez, ao se casar e tornar pai de dois filhos.

“Eu acho que o acidente mudou a preciosidade das mínimas coisas da vida. Hoje eu consigo apreciar coisas que antes, na correria, eu não parava para observar. Entendi que a vida é uma coisa única, que o presente é uma coisa única”, reflete Daniel.

Entenda a Síndrome do Membro Fantasma

O médico ortopedista especialista em cirurgia de mão, Leonardo Kurebayashi, explica que a Síndrome do Membro Fantasma é uma condição neurofisiológica. Ou seja, apesar do membro não fazer mais parte do corpo da pessoa, o cérebro dela continua acreditando que ele está lá. Por conta disso, algumas pessoas sentem dores, coceiras e até câimbras nos membros amputados.

“Existem relatos até de pacientes que foram submetidas à retirada das mamas e continuam sentindo os seios”, detalha o médico.

Kurebayashi também afirma que, durante muito tempo, a medicina acreditou que as sensações sentidas pelos pacientes eram psicológicas, mas depois, constatou-se que também haviam fatores fisiológicos. Atualmente, ainda não há nenhum tratamento específico para a cura da síndrome. Para pacientes que continuam sentindo dores, por exemplo, são recomendadas algumas terapias ou medicamentos.

Fonte: G1

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