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quinta-feira, 2 maio, 2024

Greve de administrativos da Educação impacta cerca de 30% das escolas e CMEIs de Goiânia

Prefeitura de Goiânia diz que diálogo com servidores continua

Contrariando o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), que disse nesta terça-feira (26/09) não acreditar em greve dos servidores da educação, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego) anunciou algumas horas depois que a Assembleia realizada em frente ao Paço Municipal, decidiu pela deflagração da paralisação na rede municipal, a partir da próxima segunda-feira (02/10).

A decisão foi tomada de acordo com a presidente do Sintego e deputada estadual Bia de Lima após inúmeras tentativas de diálogo. Mais cedo, Rogério Cruz garantiu que contava com a sensibilidade dos administrativos para que evitassem a greve. O republicano ainda citou dificuldades econômicas do município.

Bia de Lima garantiu que os trabalhadores da educação irão cruzar os braços. Eles pedem 6% de reajuste na data-base, construção de um novo plano de carreira e auxílio locomoção. “A categoria deu uma demonstração muito séria de que a partir da próxima segunda-feira vai ser greve na rede municipal de Goiânia. Não por conta do esforço de diálogo e de resolver o problema sem chegar a esse extremo”, destacou.

Ela ainda pontuou que os impactos da decisão são muito negativos para todos os atores no processo, mas que é uma saída necessária no contexto atual. “A greve é prejudicial às mães, às crianças e principalmente aos funcionários porque são eles que estão no dia-a-dia e depois vão ter de repor. Ninguém quer greve mas chega um momento que não tem outro caminho”, salientou.

Ela ainda explicou que vai continuar em contato com os técnicos da Prefeitura aguardando uma proposta atrativa que possa dar fim a decisão. De acordo com Bia, a expectativa é que o Paço Municipal possa apresentar algo satisfatório até sexta-feira. “Se até lá, apresentarem uma boa proposta, vamos nos reunir novamente e podemos suspender a greve. Se não, a greve já foi anunciada e do ponto de vista jurídico está tudo certo”, salientou.

O que diz a Secretaria Municipal de Educação?

Por meio de nota, a Secretaria de Educação diz que avalia uma proposta à categoria e que está com “diálogo aberto”, a queda na arrecadação, no entanto, dificulta qualquer reajuste no atual momento. Segue o posicionamento na íntegra: 

– O município avalia com responsabilidade fiscal e técnica as demandas apresentadas pelos profissionais administrativos da educação, e segue aberto ao diálogo com a categoria. 

– A Secretaria Municipal de Educação (SME) enviou as propostas apresentadas pelos profissionais à Secretaria Municipal de Administração (Semad) para estudo e avaliação do impacto orçamentário-financeiro.

– É importante destacar que projeções da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) apontam queda na arrecadação e a possibilidade de que o município alcance o limite prudencial de despesa com pessoal estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

– Diante desse cenário de quedas vertiginosas de repasses, a prioridade é cumprir com os valores previstos no orçamento público, reduzir as despesas de custeio e priorizar as ações que visam a manutenção do equilíbrio das contas públicas.

– Por fim, o município destaca que a valorização dos profissionais também é uma prioridade. A gestão criou o vale locomoção e trabalha na elaboração do plano de cargos da categoria. Além disso, quitou três data-base e cumpre o pagamento da folha dentro do mês trabalhado, garantindo os direitos já adquiridos pelos servidores.

Fonte: Mais Goiás

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