42 vítimas procuraram a polícia. Investigação mostra como obstetra usava discurso do empoderamento feminino para manipular pacientes. g1 procurou defesa, mas não recebeu resposta.
O ginecologista e obstetra Felipe Sá, preso em Maringá, no norte do Paraná, preso há mais de um mês, suspeito de abusar sexualmente de 42 mulheres, ficou em silêncio durante o primeiro interrogatório feito na quinta-feira (27).
Sá é investigado desde janeiro pelos crimes de violação sexual mediante fraude, importunação sexual e estupro de vulnerável. De acordo com a polícia, os crimes foram cometidos dentro do consultório particular onde ele atende.
O delegado Dimitri Tostes, responsável pelo caso, disse que durante o interrogatório o suspeito não respondeu aos questionamentos e ficou em silêncio.
“Durante os depoimentos das vítimas, das testemunhas, provas materiais a gente vislumbra a possível prática do estupro de vulnerável, violação sexualmente, importunação sexual e violência psicológica”, disse.
O prazo para ser ouvido, segundo o delegado, foi para evitar qualquer constrangimento ou intimidação de mulheres que já prestaram ou que ainda prestarão depoimento e de novas vítimas que buscaram a delegacia.
A reportagem procurou a defesa do médico, mas ainda não recebeu resposta.
De acordo com o delegado, ao concluir o inquérito, previsto para esta sexta-feira (28), será pedido a prisão preventiva do médico. Ele está preso temporariamente na cadeia pública de Maringá.
“Com o encerramento do inquérito, a gente vai postular a representação pela prisão preventiva, isso vai ser estudado nos próximos momentos”, disse.
Vítima relata abusos sofridos em consultório de ginecologista preso
A polícia explicou que o celular de Felipe Sá está passando por perícia porque ele teria trocado mensagens e arquivos com as pacientes.
Fonte: G1