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quinta-feira, 16 maio, 2024

Mulher diz que ficou apavorada após ginecologista preso por crimes sexuais pedir que ela ficasse excitada para fazer exame: ‘Me senti um lixo’

Subiu para 13 o número de mulheres que procuraram a delegacia para denunciar Fábio Guilherme. No fim do mês passado, o médico levou um soco do marido de uma paciente que o denunciou por crime sexual.

No fim do mês passado, Fábio levou um soco do marido de uma paciente que o denunciou por crime sexual. Ainda segundo a mulher, ela relatou ao Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) Novo Horizonte sobre o caso, mas nada foi feito e, inclusive, ela foi obrigada a se consultar novamente com o médico.

“Eu me senti um lixo, quando você não tem condição social de escolher o médico que vai te atender, isso te causa um murro na sua cara, você não tem o que fazer e precisa cuidar da sua saúde, o SUS disponibiliza só esse médico, só tem esse, e aí?”, lamentou.

À TV Anhanguera, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que repudia atos de agressão às pacientes e, sobre a denúncia da paciente, informou que não é mais possível verificar o que aconteceu, por conta do tempo decorrido do fato. Crimes há quase 30 anos

O ginecologista foi investigado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) em 1994 pelos mesmos crimes. Segundo a delegada Amanda Menuci, duas mulheres denunciaram na época.

Segundo a delegada, durante as acusações em 1994, o médico alegou que as duas mulheres “armaram” para ele. No entanto, a delegada ressaltou que as duas não se conheciam. Na época, Fábio foi absolvido das acusações pelo CRM e o caso não chegou até a polícia.

Questionou o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) sobre a absolvição das acusações feitas em 1994, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.

Outras vítimas

Após a repercussão do caso, uma mulher entrou em contato com a Polícia Civil para denunciar que foi vítima do médico em 2014. A vítima disse à polícia que o médico pressionou o corpo dela contra as partes íntimas dele.

“No caso de 2014, ela estava na posição ginecológica, ele puxou o corpo dela no sentido do seu e pressionou o órgão genital dele contra o dela. Isso causou um estranhamento, ela já o afastou e encerrou a consulta”, explicou a delegada.

“Enquanto ela estava se vestindo, ele afastava a cadeira dele da consulta para observá-la vestindo a roupa”, completou a delegada.

Relato de pacientes

Segundo a delegada, o médico tocou os seios e pressionou pacientes contra as partes íntimas, segundo a polícia.

“Ele tocava os seios, pegava a mão delas e colocava no órgão genital dele. Em uma das vezes, ele pediu para a mulher fechar os olhos, pensar em coisas boas e até ejaculou na barriga de uma delas”, relatou a delegada.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia declarou que o médico está há 9 anos no Ciams Novo Horizonte e que não tem “conhecimento de nenhum ato que o desabone”, mas que vai apurar os fatos.

Homem é filmado agredindo médico com soco dentro de consultório em Goiânia

No vídeo, o homem com um registro de ocorrência contra o médico, o sacode na frente da câmera do celular, entra no consultório, confirma se é o mesmo ginecologista e o agride com um soco no rosto, enquanto o chama de “abusador”.

Após a agressão, o médico demonstra confusão e chega a pedir para o homem contar o motivo do soco. À TV Anhanguera, na época, o profissional negou ter abusado da mulher e que só fez o exame do toque, já que a mulher está em seu oitavo mês de gestação.

O homem chegou a deixar o local, mas foi localizado pela GCM logo depois. Ele, seu tio e sua companheira, assim como o médico, foram levados para a Central de Flagrantes. O médico também passou pelo o Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito devido à agressão sofrida.

Segundo a polícia, as vítimas tinham 15, 16, 21 e 32 anos nas datas dos crimes. A delegada explicou que uma das mulheres que denunciou o abuso ao CRM em 1994 é testemunha nas investigações atuais. Ao todo, cinco mulheres foram identificadas, das quais duas denunciaram formalmente e uma é testemunha, visto que o caso está prescrito.

Fonte: G1

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