Ao ser questionada pela escola do filho, a mulher do suspeito revelou uma rotina de violência física e psicológica vivida em casa. Ela também era agredida pelo marido, segundo polícia.
Um marceneiro de 45 anos foi preso em flagrante suspeito de injuriar sua mulher, de 41 anos, e espancar seu filho, de 11, com um fio de carregador, no setor Buriti Sereno, em Aparecida de Goiânia. À polícia, a mulher revelou ser vítima constante de violência psicológica por parte do marido, que chegava a proibi-la de receber visitas.
Como o nome do suspeito não foi divulgado até a última atualização desta matéria, não conseguiu localizar a defesa dele para que se posicionasse.
O homem, ainda segundo a vítima, também agredia os três filhos com frequência, fazendo com que alguns deles deixassem de ir à escola por causa dos machucados.
Conforme a Polícia Militar (PM), o caso veio à tona após a escola questionar a mãe sobre o motivo das faltas do filho, que também mostrava mudanças no comportamento. Foi quando a mulher revelou que vivia uma rotina de violência física e psicológica em casa, promovida por seu próprio marido, com quem tem três filhos.
Em uma ata extraordinária redigida por funcionários da escola, a mulher relata que o homem costuma agredir “os filhos com o que acha pela frente”.
Na situação mais recente, ele teria usado o cabo de um carregador para bater no filho. O motivo seria o choro da filha mais nova do casal, que tem pouco mais de 2 anos, e que teria irritado o homem. Ainda segundo a mãe em seu relato, por causa das lesões e hematomas, o menino teria sido proibido pelo pai de ir à escola na terça-feira (4).
“A mãe teme pelos filhos, pois o companheiro ameaça que se ela o deixar, ele ficará com os filhos”, diz a ata.
Violência psicológica
Os filhos não seriam as únicas vítimas do marceneiro preso na noite da última segunda-feira (3). Conforme a PM, a mulher contou que o marido a mantinha incomunicável e costumava vigiá-la pelo circuito de monitoramento instalado na casa.
À corporação, a vítima relatou que o homem a xingava de nomes como “vagabunda” e “safada” e dizia que “a batata dela estava assando”.
Com as revelações da mulher à escola, foram acionados o Conselho Tutelar e a PM. Na noite de ontem, por volta das 20h, uma equipe policial foi até a casa da família.
“A mulher nos recebeu muito nervosa. Ela estava com medo que o marido chegasse enquanto estivéssemos lá”, descreveu um policial.
O suspeito foi localizado e preso quando estava a caminho de casa. Ele foi autuado pelos crimes de injúria e violência psicológica no âmbito da Lei Maria da Penha contra a mulher, e lesão corporal e maus-tratos contra o filho.
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Fonte: Mais Goiás
