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quinta-feira, 21/11/2024

Sobe para 147 o número de mortos em tragédia no Rio Grande do Sul

Ao todo, 127 pessoas estão desaparecidas; chuvas afetaram mais de 2 milhões

Mortos em tragédia no RS: As fortes chuvas do Rio Grande do Sul causaram ao menos 147 mortes, de acordo com boletim divulgado às 9h desta segunda-feira (13). O número pode aumentar nos próximos dias, já que ainda há 127 desaparecidos, segundo a Defesa Civil gaúcha.

As mortes ocorrem em 44 cidades, conforme a Defesa Civil, e há 806 feridos.

Em razão das enchentes, que afetaram mais de 2 milhões de pessoas no estado, a população têm buscado refúgio na casa de parentes ou amigos em outros estados, como Santa Catarina.

Segundo a Defesa Civil estadual, o número de desaparecidos vem caindo ao longo dos dias —a população tem sido orientada a procurar a Polícia Civil para informar sobre a localização de familiares.

O boletim desta segunda-feira atualiza para 80.826 o total de desabrigados e 538.241 desalojados.

Dos 497 municípios gaúchos, 447 foram afetados pela tragédia.

Também são ao menos 303 mil pontos sem energia (o número é maior, porém a RGE Sul não informou a quantidade de pontos na manhã desta sexta) e 208 mil imóveis continuam sem água no estado.

As aulas foram suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual e mais de 338 mil alunos foram impactados. Neste domingo, são 1.028 escolas afetadas, 528 danificadas e 84 servindo de abrigo.

A tragédia tem sido comparada ao furacão Katrina,, que em 2005 destruiu a região metropolitana de Nova Orleans, na Lousiana (EUA), atingiu outros quatro estados norte-americanos e causou mais de mil mortes.

Profissionais de saúde  apontam semelhanças entre as duas tragédias, como falta de prevenção de desastres naturais e enexistência de uma coordenação centralizada de decisões. Colapso nos hospitais , dificuldade de equipes de saúde chegarem aos locais de trabalho e desabastecimento de medicamentos e outros insumos são outras semelhanças apontadas.

SITUAÇÃO NO RS APÓS AS CHUVAS

  • 147 mortes
  • 127 desaparecidos
  • 806 feridos
  • 80.826 desabrigados (quem teve a casa destruída e precisa de abrigo do poder público)
  • 538.241desalojados (quem teve que deixar sua casa, temporária ou definitivamente, e não precisa necessariamente de um abrigo público –pode ter ido para casa de parentes, por exemplo)
  • 2.115.703 pessoas afetadas no estado

O nível da água do lago Guaíba, que inundou a capital Porto alegre, estava em 4,7 metros na medição do cais Mauá nesta segunda, conforme informações da Ceic (Centro Integrado de Coordenação de Serviços). No sábado (4), ele havia chegado a 5,30 metros, conforme o Ceic.

O lago é considerado inundado quando atinge 3 metros de altura. Há um alerta que é emitido quando o nível da água está em 2,5 metros.

Por isso, mesmo com a diminuição no volume de água do Guaíba, ruas e avenidas da capital gaúcha continuavam alagadas nesta quinta.

Ao mesmo tempo, o governo gaúcho alertou na segunda-feira para o risco de enchentes nos municípios localizados às margens da Lagoa dos Patos. A água que bloqueia ruas da região metropolitana desce pela lagoa em direção ao mar, o que pode acontecer rapidamente ou de forma mais lenta, dependendo da direção do vento.

A volta da chuva e de ventos fortes à região de Porto alegre nesta quarta-feira (8) fez a prefeitura paralisar o restante das vitimas das enchentes históricas. A previsão, segundo o Inmet, é que a temperatura cai no Rio Grande do Sul nesta semana.

SAIBA A DIFERENÇA DOS TERMOS

Afetado: Qualquer pessoa que tenha sido atingida ou prejudicada por um desastre, como feridos, desalojados, desabrigados e pessoas que perderam sua fonte de renda

Desalojado: Pessoa que foi obrigada a abandonar temporária ou definitivamente sua habitação, em função de evacuações preventivas, destruição ou avaria grave, decorrentes do desastre, e que, não necessariamente, carece de abrigo provido pelo sistema

Desabrigado: Desalojado ou pessoa cuja habitação foi afetada por dano ou ameaça de dano e que necessita de abrigo provido pelo Estado

Fonte: Mais Goiás

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