Grevistas estão dispostos a manter o acampamento até o fim da greve
Enquanto o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) prestigiava mais uma solenidade de comemoração aos 90 anos de Goiânia neste domingo (22/10), os servidores administrativos da Educação na capital seguem acampados em frente ao Paço Municipal reivindicando demandas que levaram a categoria a declarar greve.
Com faixas estendidas, os servidores do movimento lembram que o salário dos administrativos é o menor entre todas as categorias do município. Eles também querem a equiparação do auxílio transporte em comparação com os professores do município que hoje custa R$ 729,00. Atualmente os administrativos recebem R$ 300,00.
Nesta segunda-feira (23/10), véspera do aniversário de Goiânia, o movimento completa sua terceira semana de greve. Durante todo esse período, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), deputada estadual Bia de Lima (PT) e o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) conversaram apenas uma vez na última segunda-feira (16/10).
O Sintego alega que o prefeito tem se esquivado das negociações enquanto o chefe do executivo municipal afirma que estudos de viabilidade financeiro estão sendo conduzidos pela Secretaria de Finanças e Secretaria de Educação. Seja como for, a proposta apresentada na última segunda-feira (16) não foi aceita pelo movimento grevista.
Na mesa de negociação, a Prefeitura de Goiânia apresentou 50% de reajuste no auxílio locomoção, envio da data-base apenas em dezembro e não pontuou um novo plano de carreira. “Estamos lutando pela equiparação. O que nos foi apresentado foi R$ 450,00”, diz grevista. O Sintego recusou a proposta.
Os administrativos exigem reajuste de 6% no pagamento da data-base de 2023 e a equiparação do auxílio locomoção, mas o principal mesmo é a reformulação do plano de carreira. “Vários servidores não têm direito a progressão na carreira. Por exemplo: tem do nível 1 ao 4. Algum servidor progride do 1 para o 2 e não tem nenhum aumento. Queremos um melhor plano nesse sentido”, explica uma liderança do movimento grevista.
O acampamento foi montado na última segunda-feira (16) na esperança que a categoria e Rogério Cruz chegassem a um consenso e de lá não saiu mais. “Sempre fica de dez a quinze pessoas para manter a atividade”, afirma. “Vamos ficar aqui até a greve acabar”, destaca o integrante.
Fonte: Mais Goiás