Assassinato foi cometido em fevereiro deste ano e chamou a atenção das autoridades pela crueldade
A Polícia Civil concluiu as investigações e indiciou Daniel de Melo Correa por espancar a mãe de 70 anos até a morte, no Setor Leste Universitário, em Goiânia. Preso temporariamente desde 4 de março, Daniel teve sua prisão convertida em preventiva nesta terça-feira (28), após a conclusão do inquérito. Ele responderá por feminicídio.
O assassinato foi cometido em fevereiro deste ano e chamou a atenção das autoridades pela crueldade. Segundo as investigações, a mulher era vítima de um longo histórico de violência física e psicológica praticada pelo filho. Daniel era dependente químico e sempre viveu com a mãe, mas possui antecedentes criminais por tráfico de drogas.
Na data do crime, Daniel alertou a vizinhança e a família sobre a morte da mãe, alegando que ela provavelmente havia caído sozinha e batido a cabeça. No entanto, durante a perícia foram constatadas diversas lesões por todo o corpo da mulher, razão pela qual promoveu-se uma autópsia, constatando-se a morte dela por espancamento, especialmente pelas diversas lesões na cabeça.
Durante a investigação, a polícia afirma que Daniel negou o crime e apresentou diversos álibis diferentes, mas todos acabaram sendo afastados pela investigação por falta de evidências. Ao final do inquérito, a polícia comprovou que, no momento do crime, Daniel estava sozinho na residência com a vítima e sob efeito de álcool.
Também foi comprovado pela corporação que, na véspera do assassinato, Daniel estava pressionando a mãe, porque queria R$ 200. Desesperada, a mulher chegou a tentar pegar o valor emprestado com diversos parentes e vizinhos, mas não conseguiu.
Nesta terça-feira (28), o Poder Judiciário recebeu a denúncia por feminicídio e converteu a prisão de Daniel de temporária em preventiva.
Operação Átria
A conclusão do inquérito aconteceu na semana de encerramento da Operação Átria, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em todo país e destinada ao combate à violência doméstica.
Em três semanas, 4.255 pessoas foram presas em todo país. Desse total, 3.598 prisões foram em flagrante, conforme balanço parcial divulgado nesta terça-feira (21) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Eleito como um dos pilares da atual gestão da Polícia Civil, o combate a violência doméstica segue como prioritário, a exemplo da prisão e indiciamento de Daniel.
A divulgação das imagens e identificação do preso foi precedida nos termos da Lei nº. 13.869/2019, portaria n.º 02/2020 – PC, Despacho do Delegado Geral, n.º 000010828006 e Despacho DIH/DGPC- 09555 dos responsáveis pela investigação, fundamentada na possibilidade de surgimento novas testemunhas.
Fonte: Mais Goiás