Vereador Adilsso Teodoro da Silva, presidente da Câmara de Guarinos — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
O presidente da Câmara de Vereadores de Guarinos, Adilsso Teodoro da Silva, de 65 anos, foi preso nesta terça-feira (4) suspeito de estuprar adolescentes dentro da farmácia de sua propriedade. Pelo mesmo crime contra as menores outro comerciante teve a prisão decretada, mas conseguiu fugir. Segundo as investigações, os dois pagavam pequenas quantias em troca de favores sexuais. Outros homens também são investigados.
Segundo as investigações, os crimes contra as duas adolescentes, de 12 e 13 anos, aconteciam desde dezembro do ano passado. O delegado Flávio Mendanha Castilho explicou que o vereador levava as vítimas até um cômodo para aplicação de medicamentos e cometia o estupro. “Ele pagava com dinheiro, às vezes R$ 30, e remédios”, disse.
O delegado explicou que, em depoimento, Adilsso negou o estupro e disse que apenas fez um atendimento comum à adolescente, que o procurou com dor de garganta. À polícia, o vereador afirmou que a denúncia tem cunho político, já que ele será candidato nas próximas eleições.
As investigações apontaram que outro comerciante da cidade suspeito dos estupros também agia da mesma maneira, oferecendo dinheiro às meninas e cometendo os abusos. Segundo a polícia, um advogado disse que o homem deve se apresentar para prestar esclarecimentos ainda essa semana.
“Outras quatro pessoas são suspeitos de estupro e serão investigados. Um deles já procurou a delegacia e disse que teve relação com uma das menores, mas que não houve pagamento e que foi consentido. Mas, mesmo assim, isso configura crime, pois envolve menores de 14 anos”, disse o delegado.
O caso foi descoberto após a irmã de uma das adolescentes desconfiar ela chegar em casa com dinheiro e medicamentos, sendo que a família é carente. Além disso, ela relatou que quando era mais nova, também recebeu ofertas do vereador preso para ter relações com ele em troca de dinheiro.
O vereador preso e o comerciante foragido vão responder por estupro de vulnerável e exploração sexual de menores. Somadas, as penas chegam a 25 anos.